terça-feira, 20 de março de 2012

Segundo post

Que deveria ter sido o primeiro, o já clássico Hello, world. A primeira coisa que gostaria de dizer é que não sou crítico literário ou filósofo, nem profissional nem amador. Sou um apreciador de ficção científica, de preferência boa. Escrevo esse blog sem nenhuma pretensão, escrevo-o como se fosse uma conversa entre aficionados e espero que possíveis leitores o vejam da mesma forma.

O primeiro post, e o blog por consequência, foi escrito por uma necessidade incontrolável. Alguém já disse isso e eu repito, alguns escritores e principalmente críticos literários parecem não terem notado que nós já vivemos em um mundo que é ficção científica, permeado por tecnologia. As questões levantadas por essa nova realidade são magistralmente respondidas ou discutidas pela ficção científica, por escritores de ficção científica, por pessoas que cresceram lendo e pensam o mundo pelo ângulo da ficção científica. Não haveria outra forma de abordar um mundo em que o meio ambiente muda de forma quase catastrófica, em que o clima está em transição, onde se exigem novas formas de energia, de consumo, de transporte, se não fosse por esse gênero literário.

Como se pode elaborar a questão dos organismos geneticamente modificados, da singularidade, da personalidade expandida pelas redes sociais escrevendo-se um "épico lírico de horror"? Não consigo pensar em um épico de nossos dias sem me recordar da Fundação, do Sprawl, mesmo de Matrix. É disso que quero falar.

E de outras coisas também, do que for na minha cabeça de "filósofo popular", como diria Braulio Tavares. Sobre o impacto das redes sociais na nossa personalidade expandida, sobre a massificação da cultura até um ponto em que penso que cultura não existe mais. Não tenho nenhuma expectativa que me leiam, quero escrever e sinceramente deixar registrado nessa gigantesca internet ainda democrática o que penso, embora isso não interesse a ninguém que não eu mesmo.

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